sexta-feira, maio 19, 2006

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Acho que ninguém é capaz de imaginar o que se passava naquele olhar. Parado, perdido no tempo e no espaço. Mas era o olhar de uma criança, no quintal de sua casa, cujo portão de grade, estava fechado.
Engarrafamento naquela avenida, em horário de saída de alunos dos colégios, e aquela criança ali, parada, estática, no lado de dentro do portão, olhando para o nada, para o vazio. De repente, me vi dentro dos seus olhos, dentro do seu "eu", para compreender o que estava acontecendo, e até onde poderia ir, olhando aquele olhar.
É uma viagem, mas é simplesmente uma "viagem" sem igual, que de vez em quando faço, e sumo de mim.

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